A cultura informacional - A intervenção de Alexandre Serres num seminário dinamizado por Bernard Stiegler - Séminaire Ecole et médias (CIEM-AI), 16 de Maio de 2009.
Ver aqui mais informações: http://www.arsindustrialis.org/séminaire-ciem-ai-ecole-et-médias
RESUMO A Cultura informacional tem sido dominada pela biblioteca, pelo paradigma documental, pela adaptação, pelos procedimentos. Tese do autor passa por mudar esta visão através de 3 eixos: 1. Pensar esta cultura informacional a partir da questão da técnica (pensar o código e o digital) a partir do pensamento crítico sem cair em extremos. Evitar o ocultamento da técnica. Evitar a dicotomia tecnofóbico/tecnofilico (Regis Debray). Pensar a questão da Cultura Técnica (Gilbert Simondon). Ver a relação entre a escola e o digital. a) Repensar a escola b) Pensar a plasticidade do digital. A democratização rizomática do saber devida ao digital (à nova cultura informacional) origina uma crise de autoridade, de legitimidade da escola e do professor. Solução: uma nova educação para a cultura da informação. 2. Alargar a cultura informacional à cultura dos media e ligada à cultura informática. Valorizar a hibridação mas tendo em conta as diferenças epistemológicas entre a escola e a internet. Melhorar qualitativamente o uso do digital. 3. Colocar o problema da finalidade. Realizar (melhorar e elevar o uso da internet), resistir, reflectir. Não cair nos opostos da resistência tecnofóbica ou da tecnofilica. Entender criticamente mas não de fora. Resistir por dentro com uma reflexão.4. Pensar os conteúdos didácticos da cultura informacional. Pensar a contradição entre a Escola e o Numérico: passa pela valorização da lentidão, ver as imagens e os textos desenvolvendo a arte do "olhar". Ver o que está por detrás do Google (formação crítica dos utensílios da internet). Resistir ao mito da calculabilidade, os efeitos perversos, as adições. Nem a resistência tecnofóbica, nem a adaptação acrítica.
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